Acesse a pesquisa completa.

Realizada com 2.090 mães, os resultados revelam que os desafios enfrentados pelas mães envolvem
falta de apoio na rotina, 
tempo para o autocuidado e a dificuldade em conciliar vida pessoal e profissional.


Em julho de 2019, a Noz Pesquisa e Inteligência, realizou, em conjunto com a Associação CineMaterna, uma pesquisa para ter um panorama da mãe com bebês contemporânea. Por meio de um questionário de autopreenchimento, 2.090 mães com filhos de até 2 anos contaram sua relação com a maternidade.  O estudo é um recorte do público da iniciativa, que tem como principais características: 62% de mulheres entre 30 e 39 anos (média de 32 anos), 74% com apenas um filho e 70% com nível superior completo. 70% das respondentes são da Região Sudeste, 11% do Sul, 9% do Nordeste, 7% do Centro-Oeste e 3% do Norte do país. 

“Esta pesquisa busca um retrato das mães que nasceram no último ano, em todo o país: sua relação com seu bebê, trabalho e sociedade”, explica Irene Nagashima, fundadora do CineMaterna. 
A facilidade em pesquisar assuntos na internet estimula as mães a buscarem conhecimentos e trocar experiências em sites e grupos online dedicados a assuntos relacionados à maternidade. Enquanto 9 em cada 10 mães acessam sites, apenas 5 em cada 10 consultam livros para buscar conhecimento sobre a maternidade. 

Apesar de 88% das pesquisadas ser casada ou estar em relacionamento estável, apenas 67% diz ter o apoio do pai do bebê. “A vida do pai do meu filho não mudou um fio de cabelo, quanto a minha virou de ponta cabeça. Amo meu filho, renasci, queria que os pais em geral tivessem essas experiências, mas sabemos que não é assim”, desabafa uma mãe. Além disso, pouco mais de um terço das mulheres afirma estar sozinha na maior parte do tempo.

Há uma preocupação geral de 70% das mães com uso de dispositivos eletrônicos como celulares e tablets com seus bebês, mas também há grande disparidade na percepção do que seria o uso adequado. De maneira geral, todas tentam evitar ou reduzir a frequência de contato dos bebês, porém muitas recorrem aos eletrônicos para conseguirem executar tarefas do dia a dia. Em torno de 10% usa a tecnologia com frequência em algumas destas situações: quando precisa trabalhar, quando quer comer tranquilamente, alimentar seu bebê, no carro e quando vai a restaurantes. 

Já a preocupação e atenção com a sustentabilidade atinge metade das mães. Fralda de pano é o item mais conhecido por elas, porém a sobrecarga de tarefas na maternidade frequentemente inviabiliza a utilização. Outros produtos são pouco divulgados ou conhecidos. Há dificuldade em se encontrar e a percepção de alto custo dos produtos, aumentando assim a barreira para utilização. Entretanto, muitas gostariam de ter práticas mais sustentáveis e buscam outras formas de consumo consciente. 

A linha é tênue entre prazeroso e desafiador. Uma mãe comenta que “a maternidade é uma dádiva para mim. Mas conciliar isto com a vida anterior é um desafio e tanto. Sobretudo estudo, trabalho e relação com o marido porque o meu bebê demanda muita energia. Durmo pouco, descanso pouco e, ainda nesse tempo, ele está mamando”. 

Os maiores desafios não estão ligados aos cuidados com o bebê. O mais difícil é conciliar a maternidade com a vida pessoal e profissional. Uma em cada duas mulheres avaliaram como muito difícil ter tempo para vida pessoal após a maternidade. Uma das mães relata: “tudo está muito difícil. Principalmente, encontrar tempo pra cuidar de mim e da minha saúde. Minha autoestima está em baixa”.

Mais de dois terços das mulheres sente-se julgada e/ou cobrada, em especial, as mais jovens. Assim como nos desafios, os julgamentos e cobranças não estão diretamente vinculados aos cuidados com o bebê. Vida profissional e pessoal são os itens que as mães se sentem mais julgadas e cobradas. Segundo uma mãe, “quem cobra: família e amigos. Quem julga: qualquer pessoa, inclusive desconhecidos”. Isso, sem falar da autocobrança: “percebo que muitas vezes eu mesma me julgo e me cobro (e me frustro)”. 

Com a maternidade, os desafios crescem e as cobranças e julgamentos se multiplicam. Os sonhos e desejos também continuam, mas se somam aos da maternidade. 


Sobre o CineMaterna
A Associação CineMaterna é uma organização sem fins lucrativos, pioneira em sessões de cinema amigáveis para mães e bebês de até 18 meses. Foi fundada em São Paulo, em agosto de 2008, por mães que, a partir de uma necessidade pessoal, desenvolveram um programa feito especialmente para famílias com bebês: sessões de cinema nas quais o filme é de tema adulto, a sala é adaptada para receber os pequenos e uma equipe especial de mães voluntárias acolhe o público. A ONG está presente em 107 cinemas espalhados por 51 cidades de 16 estados brasileiros. Em 11 anos de história, já levou mais de 200 mil famílias às mais de 8 mil sessões que realizou.
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Sobre a Noz Pesquisa e Inteligência
A NOZ é um ateliê de pesquisa e inteligência de negócios, cujo trabalho é ouvir, observar e interpretar; entender desejos e comportamentos humanos, como vê novas ideias. Fundada em 2015 pela economista Juliana Vanin, a empresa conecta conhecimentos de Economia Comportamental, Pesquisa, Planejamento Estratégico, Financeiro e de Marketing, com atuação em todo o ciclo de negócio. Além de consultoria para empresas, a NOZ também desenvolve estudos sociais sobre diversos temas, como: Educação, Trabalho e Empreendedorismo, Maturidade (50+), Doação e Mulheres e o Mercado de Trabalho.
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